O que é a migrânea (enxaqueca)?

 

A dor da enxaqueca é descrita frequentemente como uma pulsação intensa ou dor latejante em uma região da cabeça. A International Headache Society elaborou o diagnóstico para enxaqueca através da intensidade de dor e do número de episódios (pelo menos 5, com duração entre e 72 horas, se não tratado), e os sintomas adicionais, tais como náuseas e / ou vômitos, ou sensibilidade à luz e ao som.

 

A enxaqueca é três vezes mais comum em mulheres do que em homens e afeta mais de 10% das pessoas no mundo. Cerca de um terço dos indivíduos afetados pode prever o início de uma enxaqueca, porque ela é precedida por uma "aura", distúrbios visuais - como luzes piscando -, linhas em ziguezague ou uma perda temporária de visão. Pessoas com enxaqueca tendem a ter ataques recorrentes desencadeados por uma série de diferentes fatores, incluindo estresse, ansiedade, alterações hormonais, luzes brilhantes ou piscantes, a falta de alimentação ou sono, e certas substâncias alimentares.

 

Em algumas mulheres a enxaqueca pode estar relacionada com alterações nos hormônios Por muitos anos, os cientistas acreditavam que a enxaqueca estava ligada à dilatação e constrição dos vasos sanguíneos na cabeça; agora, acreditam que a enxaqueca tem uma causa genética.

 

Quais os avanços científicos?

 

Os pesquisadores acreditam que a enxaqueca é o resultado de anormalidades neurológicas causadas por mutações genéticas no funcionamento cerebral. Novos modelos de estudo estão ajudando os cientistas a desvendar a ciência básica envolvida na cascata biológica, assim como os componentes genéticos envolvidos nos mecanismos de enxaqueca.

 

Compreender as causas da enxaqueca, assim como os eventos que a afetam, oferece aos estudiosos a oportunidade de desenvolver e testar drogas que podem agir diretamente, prevenindo ou interrompendo os ataques inteiramente. As terapias mais atuais para o tratamento da enxaqueca incluem magnésio, coenzima Q10, vitamina B12, riboflavina, a fever-few (Tanacetum parthenium) e Butterbur (Petasites).

 

Em 2010, uma equipe de pesquisadores descobriu uma mutação comum no gene TRESK, que codifica um determinado canal de íons potássio. Os canais de potássio são importantes para a manutenção do potencial de repouso da célula nervosa e mutações nestas células podem hiperativar outras, que responderão a um limiar bem menor de dor. Análises genéticas mais amplas, semelhantes às utilizadas para identificar o TRESK, provavelmente conduzirão à identificação de outros genes associados à enxaqueca.

 

Traduzido e adaptado: http://www.ninds.nih.gov/disorders/migraine/migraine.htm

 

 

Videos em inglês:

http://bodymindandbrain.com.au