Mitos e fatos sobre o Neurofeedback


 

Mito # 1: Meu médico não recomendou neurofeedback para mim, por isso não deve ser muito eficaz.

 

Fato: Os médicos normalmente não são treinados em biofeedback ou neurofeedback. Basta explorar a escola de medicina padrão e o currículo de residência, incluindo os campos da neurologia e psiquiatria e você vai perceber que não há absolutamente nenhum treinamento em biofeedback ou neurofeedback previstos,  pois trata-se de uma area relacionada da psicofisiologia. Como tal, a grande maioria dos psicólogos e médicos que não praticam neurofeedback ou desconhecem a complexa neurociência por trás da técnica de neurofeedback  não estão informados apropriadamente para responder sobre a  prática desta intervenção.

 

Mito # 2: A pessoa que faz neurofeedback "aprende conscientemente  " a controlar suas próprias ondas cerebrais.

 

Fato: A pessoa que faz neurofeedback não aprende a controlar sua atividade de ondas cerebrais. O cérebro aprende a como controlar sua própria atividade através do condicionamento e reforço. Seria algo semelhante ao que ocorre com o cérebro de um ginasta quando ele aprende com a prática a se manter  na barra de ginastica da forma mais eficaz. O cérebro do ginasta está sendo continuamente "informado" sobre se ele (o cérebro) está fazendo isso "corretamente" e aprende a repetir isso. A única coisa que o ginasta sabe é que ele/ela quer se manter equilibrado na barra de ginastica.

 

Mito # 3: Neurofeedback é algo "mágico" e pode resolver todos os problemas.

 

Fato: Neurofeedback pode ser bastante eficaz em muitos casos, mas é importante lembrar que há uma taxa de cerca de 15-20% da ausência de resposta, e a sua eficácia em certos casos (por exemplo, lesão cerebral, autismo, etc.) será menor do que tipicamente observado para um cérebro saudável, que apresenta  problemas cognitivos / humor (TDA, TDAH, depressão, ansiedade, enxaqueca). Além disso, os problemas do cotidiano, as questões da família ou trabalho e estudos, aassim como outros fatores podem desempenhar um papel importante nos sintomas de uma pessoa, adicionalmente `as dificuldades de regulação do cérebro. Por isso é importante olhar a pessoa como um todo, por uma perspectiva "bio-psico-social", o que por vezes pode incluir o acompanhamento com a terapia cognitiva-comportamental, aconselhamento psicoterapico familiar, nutrição funcional e atividade fisica.

 

Mito # 4: Todo neurofeedback é igual

 

Fato: Há quase um número infinito de maneiras de criar protocolos de neurofeedback haja vista todos os ajustes matemáticos detalhados que podem ser feitos para cada treino. Por isso a perícia e uma análise sofisticada são essenciais para que o treino seja o mais adequado a cada paciente. Dessa maneira não executamos o tratamento sem um mapa de avaliação preciso do cérebro, entrevista inicial e questionários padroes.

 

Mito # 5: Se o paciente não mostrar alguns sinais de progresso dentro de 4 semanas, isso significa que o  neurofeedback não será útil para essa pessoa

 

Fato: É verdade que algumas pessoas, cerca de 40%, respondem rapidamente e irão desenvolver progressos dentro do primeiro mês. No entanto, outros 40%  têm umam resposta mais gradual e precisam completar de 8-10 semanas de treinos para apresentar progresso em determinadas areas.  Testes comparativos nos ajudam a determinar esse indice de progresso.

 

Mito # 6: Neurofeedback e medicação não podem ser usados ao mesmo tempo e eu tenho que escolher um ou outro.

 

Fato: Ambos, neurofeedback e medicação  podem ajudar as funções do cérebro e em certos casos, devem  sim ser combinados. Muitas vezes, após os treinos com neurofeedback o cérebro apresenta um padrão de ativação mais saudavel e  funcional, e assim sendo,  é possível administrar menos ou retirar a medicação de acordo com o tratamento em andamento. Dados de mapeamento do cérebro também podem nos ajudar a entender qual medicação seria mais responsiva às necessidades específicas do paciente.

 

Mito # 7: Os efeitos do neurofeedback desaparecem com o tempo.

 

Fato: Os efeitos positivos do neurofeedback são geralmente mantidos ao longo do tempo, embora casos especificos precisem de "reforços" ocasionais. É essencial que o neurofeedback seja feito de forma consistente durante um período de 8-12 semanas, de modo a estabelecer resultados mais duradouros. Mudanças do mapa do cérebro persistem ao longo do tempo, salvo em  poucas exceções.

 

 

Mito # 8: O neurofeedback é uma técnica invasiva. 

 

Fato: Neurofeedback é uma técnica não-invasiva que utiliza dentre outros o modelo de aprendizagem conhecido como condicionamento operante. Nenhum estímulo elétrico é enviado ao cérebro.  Por conseguinte, o treinamento de neurofeedback tornou-se popular entre atletas amadores e profissionais, pilotos da NASA, programas de treinamento Olímpicos  e outras áreas de alto desempenho, quando o rendimento cerebral  precisa ser esepcialmente estimuldado.

A acupuntura no Brasil

Entrevista

 

A acupuntura no Brasil: uma concepção de desafios e lutas omitidos ou esquecidos pela história – Entrevista com dr. Evaldo Martins 

Leite.

 

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